Neste ano, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) junto com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) publicaram algumas atualizações importantes no Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar. Todos os dados discutidos e analisados contaram com a contribuição de mais de 20 especialistas na área.
Os principais casos de alergia na infância acontecem devido ao leite, trigo, ovo e soja. Para os adultos, os frutos do mar e as castanhas são os alimentos mais alergênicos. Por outro lado, alergias a aditivos, como corantes, são extremamente raras.
Quer descobrir as principais atualizações sobre a alergia alimentar? Continue a leitura e confira quais são elas!
Etiologia
A alergia alimentar é uma doença que se manifesta após o consumo de um alimento específico ou classes desses, como as leguminosas ou os frutos do mar.
Esses alimentos têm complexos de proteínas, chamados de antígenos, que estimulam o sistema imunológico a manifestar reações de forma anormal.
Essas reações podem ser:
mediadas por anticorpos IgE, que produzem hipersensibilidade imediata e sintomas como vômitos, urticária, broncoespasmos e anafilaxia;
mistas, com a participação de IgE, linfócitos T e citocinas pró-inflamatórias, com sintomas como esofagite, gastrite e gastrenterite eosinofílica, dermatite atópica e asma;
não mediadas por IgE, na qual parecem ser mediadas por linfócitos T, tema que necessita de mais estudos para confirmação.
Fatores de risco
Entre os principais fatores que influenciam no desenvolvimento de alergia alimentar está a herança genética. Os riscos de um bebê desenvolver esse tipo de alergia é de 40% se um familiar a tem e de 80% se dois manifestam a doença.
Além disso, os fatores dietéticos também estão muito associados ao desenvolvimento de alguma alergia na criança. Entre eles, estão a restrição alimentar da mãe durante a gestação ou amamentação, falta de aleitamento materno até os 6 meses de idade — essencial para o IgA presente no leite promover um efeito protetor — e a introdução de fórmulas lácteas industrializadas ou alimentos sólidos precocemente.
A composição da microbiota gastrointestinal também interfere no desenvolvimento de alergias. Para a alergia ao amendoim, níveis de vitamina D abaixo de 15 ng/mL é um fator predisponente. Ao ovo, bebês que foram expostos a irmãos ou animais de estimação é um efeito protetor, devido a uma estimulação microbiana.
Clínica
Os sintomas dessas doenças podem ser:
cutâneos: como a dermatite atópica, urticária e angioedema;
gastrointestinais: que incluem cólicas, refluxo, e gastroenterites, assim como a síndrome da alergia oral, com edema e sensação de queimação na orofaringe, hipersensibilidade gastrintestinal imediata, com vômitos e diarreia, esofagite, gastrite e duodenite eosinofílicas e constipação intestinal;
respiratórios: onde em casos raros a inalação de um antígeno alimentar podem resultar em asma ou rinite;
outros: como otite, língua geográfica, artrite, enxaqueca e até epilepsia — os quais devem estar associados com os sintomas cutâneos ou gastrointestinais.
Diagnóstico
O diagnóstico envolve a realização de exames laboratoriais, como a investigação de sensibilização IgE específica. É importante destacar que um IgE positivo nem sempre significa doença, por isso a análise da clínica é fundamental.
Além disso, é possível fazer uma dieta de restrição, em que o alimento é retirado e inserido novamente na alimentação para avaliar a relação de causa e efeito.
O teste de provocação oral também é muito utilizado, no qual o alimento investigado é oferecido a criança em doses crescentes para avaliar a manifestação de sintomas. No entanto, esse teste pode ser realizado somente em hospital devido aos seus riscos.
Tratamento
Uma dieta com restrição completa do alimento ou classe que provoca a alergia é o tratamento preconizado. O uso de probióticos ajuda a diminuir os riscos de asma e rinite decorrentes da alergia. Além disso, a imunoterapia também já demonstra resultados promissores.
Em casos de anafilaxia, é necessário o uso de adrenalina injetável. Também são utilizados oxigênio e broncodilatadores, assim como anti-histamínicos e corticoides.
Prevenção
Evitar os fatores de risco é a melhor forma de prevenir a alergia alimentar. Portanto, a amamentação exclusiva até os seis meses de idade é essencial. Além disso, dietas restritivas durante a gravidez e o oferecimento de fórmulas lácteas ao bebê não são atitudes recomendadas, porque estimulam o desenvolvimento dessa doença.
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